quinta-feira, 22 de outubro de 2009

- BRUNO

Sessões dias: 24 e 25 de outubro as 20h00


Veja o trailer em: http://www.youtube.com/watch?v=gPPer29PN8c

SINOPSE: Depois de colocar a nação norte-americana de cabelo em pé com o polêmico personagem Borat, o repórter do Casaquistão sem-noção, o humorista inglês filmou novamente nos Estados Unidos um novo "falso documentário". O longa é estrelado por Bruno, o repórter da TV austríaca que invade o mundo clubber-fashion, e joga os holofotes para a frivolidade e o confronto entre o que é gay e o conservadorismo extremo. Ele passa pelas lojas de Melrose, em Los Angeles, pelo Fashion Week de Nova York e vai tirando uma casquinha de todo mundo, mostrando a importância elevada que algumas pessoas dão à moda, como o diretor de casting que apóia a afirmação de que "A moda salva muito mais vidas do que médicos". Bruno, que já fez parte do programa de TV, "Da Ali G Show", é um personagem de origem austríaca e circula pela noite de Miami Beach entrevistando héteros e tirando sarro dos assumidos e dos enrustidos, por exemplo. Nas suas entrevistas, Bruno mistura alemão com inglês, e faz as pessoas julgarem o que ou quem é IN ou OUT, dizendo "Vassap" e "Ich don't think so" ou "Ach, ja!" e "Nicht, nicht". Além de falar do judaísmo é comum pedir para os fashionistas darem suas opiniões sobre "personalidades" como Hitler e Osama Bin Laden, entre outros

Depois do hilariante "Borat", Sacha Baron, Cohen regressa na pele de "Bruno", um austríaco, repórter de moda. A campanha de promoção do filme está resultar em cheio, mas os austríacos estão furiosos com Cohen, porque não apreciam a imagem que este realizador transmite do país.


Apesar de tudo, temos de admitir que o novo filme do humorista britânico, Sacha Baron Cohen, já dá que falar na Áustria e no resto do mundo. Não por Cohen, em Brüno, troçar dos austríacos, em particular, e dos homossexuais, em geral, mas porque o aparelho de marketing do cineasta britânico se tornou tão implacável quanto desagradável. Em meados Março, por ocasião da Semana da Moda, em Milão, invadiu a passerelle, facto que lhe valeu ser preso (Um escândalo! Mas não para ele). Há apenas duas semanas, pôs em cena o seu próprio “escândalo”, na realidade, um golpe montado, como teremos ocasião de ver. Disfarçado de “Bruno”, com umas asas de anjo e uma tanga, desceu suspenso por um gancho e aterrou de rabo na cara do rapper Eminem, homófobo convicto. Este não achou piada, já o tínhamos dito. Mas o rapper estava ao corrente, o incidente há muito que tinha sido preparado.

Para a capa da última edição da revista GQ, para homens, Cohen-Bruno posa nu, na altura ideal. Esta semana, iniciou uma tournée europeia por ocasião da estreia do seu filme. Em Paris, apareceu, como no cartaz do filme, com uns lederhosen [traje tradicional da Baviera] curtos, em pele dourada, camisa de manga cava aos quadradinhos e um chapéu tirolês amarelo. Dois dias mais tarde, em Londres, optou por um clássico britânico e apresentou-se disfarçado, em interpretação livre, de guarda do Palácio de Buckingham. Uma pantomima própria do Carnaval.

Mas Sacha Baron Cohen pode dar-se a esse luxo. Aos 37 anos, este britânico de origem israelo-iraniana, que, em privado, anda sobretudo de jeans e t-shirts largas, é agora célebre e até mesmo apreciado. Tudo começou com o rapper sexista inglês, Ali G, cujas facetas serviram para Cohen animar um programa na MTV, antes de fazer a personagem do filme. Mais tarde, em 2006, o repórter televisivo cazaque, Borat (tão misógino quanto homófobo), e o seu grande bigode chegaram às salas de cinema. E agora, chegou a vez de Bruno.

Um jornal britânico avança em primeira mão que a estrela austríaca, Alfons Haider, lhe serviu de modelo. Dominic Heinzl, do canal privado ATV, crê ter descoberto o verdadeiro Bruno na pessoa do responsável pelo programa de moda quotidiana. Seja como for, Cohen garantiu repetidas vezes não ter qualquer modelo em mente. Pelo contrário, é evidente que a ideia do personagem vem realmente da Áustria. Cohen viveu e estudou uns tempos em Viena. Não podia vir mais a calhar. De qualquer maneira, o famoso Bruno partiu para os Estados Unidos, onde se tornou “o austríaco mais célebre depois de Hitler”. Descreve a república alpina como sendo um país onde os homens não estão autorizados a andar de mão dada. Bruno não está pois preparado para ser um embaixador austríaco particularmente brilhante. Desde que faça rir alguns, não há mal nenhum nisso.

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